Ao vincular a fotografia com traços surrealistas para expressar o seu rico e misterioso mundo
interior – permeado por medos, desejos, crenças, questões existenciais e de sexualidade – Duane Michals
nos presenteia com um trabalho notável, que ultrapassa as barreiras do
convencional e se impõe de forma singular, reinventando a fotografia.
Descendente de eslovenos, Michals nasceu em 1932, na
Pensilvânia, EUA. Seus interesses artísticos se manifestaram ainda na infância, aos 14 anos, quando passou a frequentar
aulas da pintura no instituto Carnegie (
Carniegie Museum of Art). Logo depois, graduou na
Universidade de Denver e mais tarde decidiu cursar Design Gráfico na
Parsoons School of Design,
abandonando o curso após um ano, para dedicar-se à publicação. Foi durante a
universidade que o artista diz ter-se descoberto homossexual.
O cumprimento do serviço militar na Coréia, assim como sua
viagem à Russia, logo após seu retorno, também seriam cruciais para o trabalho
de Michals. Durante sua estadia na Rússia o artista registrou inúmeros momentos
de sua viagem, conseguindo realizar sua primeira exposição pública pouco tempo
depois. No início dos anos sessenta, o artista trabalharia para
algumas revistas (Vogue, Esquire), e até para o governo do México, fotografando
as Olimpíadas de 1968. Mas é no final dos anos sessenta que Michels começa a
desenvolver o estilo pelo qual ficaria conhecido. O artista cria uma
espécie de narrativa sequencial com suas fotografias, criando pequenas séries e
ainda inserindo o texto nas imagens, algo inédito na época.
Atualmente, Duane Michals é um artista consumado, vencedor
de inúmeros prêmios e reconhecido internacionalmente como peça fundamental para
a história da fotografia. Ele costuma dizer que seus talentos foram
desenvolvidos de forma totalmente autodidata, e cita artistas como Renné
Magritte, Lews Carrol, William Blake, Balthus, entre outros, como influências
para seu trabalho.
As lentes de Michals não estão preocupadas com a realidade
do mundo exterior, elas estão apontadas para os mistérios da alma, para os
redemoinhos da existência; onde os
sentimentos de morte, as fantasias, os medos e a sexualidade se revelam em um
universo de dúvidas, certezas e hipóteses, provocando uma sedução perturbadora.
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"The illuminated man" - 1968 |
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"Balthus an Setsuko" - 2000 |
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"The Bogeyman" - 1973 |
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"Joseph Cornell" - 1972
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"Death comes to the old lady"
1979 |
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"Grandpa goes to heaven"
1989 |
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"Andy Warhol" - 1972 |
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"Yayoi Kusama" |
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"Magritte coming and going" - 1965 |
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"René Magritte in his studio" - 1955 |
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"The most beaultiful part of a man's body" - 1986 |
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"The Price of Pleasure" - 2003-05 |
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"The most beaultiful part of a woman's body" |
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"Things are queer" - 1979 |
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"The human condition" - 1969 |
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