Canto I
"A meio caminho desta vida achei-me a errar por uma selva escura. Longe da boa via, então perdida." |
"Parecia raivoso, a juba ao vento, vir contra mim, de jeito tão nefando, que até o ar se crispava, num lamento." (46/8) |
"'Convém fazeres uma nova viagem', disse-me então, ao verme soluçando..." (91/2) |
Canto II
"'Sou Beatriz, que te peço sustentá-lo. De onde vim já anseio por voltar. Amor se move: Só por ele eu falo.'" (70/2) |
Canto III
"E eis que, num barco, um velho, com nevadas barbas,perto de nós apareceu, exclamando: 'Ai de vós, almas danadas!'" (82/4) |
"- Era assim co'as sementes más de Adão: lançavam-se do ninho, uma por uma, a um gesto, como as aves à prisão." (115/7) |
Canto IV
"Assim reunida a bela escola e boa eu vi do mestre altíssimo do canto, que sobre os outros, como a águia, revoa." (94/6) |
Canto V
"E começei: 'Poeta, de falar àqueles dois eu gostaria, certo, que juntos vão, alígeros, no ar.'" (73/3) |
Canto VI
"Meu mestre, então, as mãos em concha assente de terra encheu, e a foi arremessando bem no interior das goelas repelentes." (25/7) |
"'Tua cidade', respondeu-me, plena de inveja, e mais que tens imaginado, acostumou-me à vida farta e amena.'" (49/51) |
Canto VII
"Pois o ouro todo que na terra existe poder não tem de a paz proporcionar a uma só dentre as almas que tu viste." (64/6) |
Canto VIII
"Mal o mestre embarcou e eu embarquei, a velha proa as águas foi abrindo mais fundo do que usava, como eu sei." (28/30) |
"Ao vento as duas mãos lançou, irado, mas o meu mestre logo o afugentou, gritando: 'Põe-te ao largo, cão danado!'" (40/3) |
Canto IX
"E o vi, no seu aspecto celestial, levíssimo bastão tocar a porta, que então se abriu, contra o poder do mal." (88/90) |
Canto X
Canto XI
"E ali pelo ar tolhidos, emprestado que da profundidade se exalava, paramos junto a esquife desolado..." (4/6) |
Canto XII
"'São milhares, que afluindo, lado a lado, alvejam os que à tona vão subindo mais do que lhes faculta o seu pecado.'" (73/5) |
Canto XIII
"Uma ramo então colhi, a mão erguendo, e uma árvore vizinha, que, desperta, bradou: 'Olha o que me fazes ofendendo!'" (31/3) |
Canto XIV
"Não encontrando alívio na tortura, iam os braços hirtos elevando como quem proteger-se, em vão, procura" (40/2) |
Canto XV
Canto XVII
"E, pois da fraude a imagem degradante achegou-se, exibindo a fronte e o busto, voltando a cauda para o poço hiante." (7/9) |
Canto XVIII
"Ah! Como os pés lhes iam disparando à primeira pancada,e , pois nenhum quedava, novos golpes esperando!" (37/9) |
"É Taís, a rameira impenitente que ouvindo: 'Isto te grada?' a seu amante, lhe respondia: 'Agrada, imensamente!'" (133/5) |
Canto XIX
"Via-me como o padre que o homicida, semi-enterrado já, vai assistindo, e pois um pouco lhes prolonga a vida." (49/51) |
Canto XXI
"Com seus arpões, ferindo-o, e erguendo-se os braços, 'Volta ao fundo', gritaram, 'como dantes, que lá podes roubar sem deixar traços'..." (52/4) |
Canto XXII
"Mas o outro, como agílimo gavião, golpeou-o também, e, juntos, enlaçados, desabaram no fervido alcatrão." (139/41) |
Canto XXIII
"'Toscano', ouvi-os dizer, 'que à confraria dos hipócritas tristes vens descendo, conta-nos quem és tu, por fidalguia'." (91/3) |
"Disse-me, presto: 'O réu que estás mirando fez com que à plebe os Fariseus um dia entregassem um justo.'" (115/7) |
Canto XXIV
"Em meio da caterva hostil e fria iam correndo os réus, nus e agitados, sem a esperança, ali, da elitropia." (91/3) |
Canto XXV
"Observando o colega neste apuro, um lhe gritou: 'Angelo, que mudança! Já não és um, nem dois, eu te asseguro!'" (67/9) |
Canto XXVI
"Volveu-me o guia sua voz, então: 'Nestas chamas padecem, juntamente, os réus, ocultos sob seu clarão!'" (46/8) |
Canto XXVIII
"'Recorda-te de Pier de Medicina, se de Vercelli ou Marcabó à frente vires de novo a pl´´acida campanha'" (73/5) |
"A fronte decepada levantando à mão, pelos cabelos, qual lanterna, parou, a olharnos, sua dor clamando" (121/3) |
Canto XXIX
"Perguntou-me Virgílio: 'Não de enfadas? Por que fica a olhar, cheio de horror, e tão absorto, as sombras mutiladas?'" (4/6) |
"Como aqueles ali, que a unha fera ê dura se cravavam, esfregando, sob a sarna mortal, que desespera." (79/81) |
Canto XXX
"'Trata-se', respondeu, 'da sombra antiga de Mirra pervertida que do pai, em incestuoso amor, tornou-se amiga.'" (37/9) |
Canto XXXI
"Virgílio lhe bradou: 'Fera maldita! Tens a trompa, e por ela, tão somente, te deves exprimir, se algo de excita!'" (70/2) |
"'Medir-se pretendeu, desabusado co'o sumo Jove', disse meu guia, 'e foi por esta forma castigado.'" (91/3) |
Canto XXXII
"Então peguei-o pela coma espessa: 'Dize-me quem és', gritei, 'rapidamente, ou não te restará fio à cabeça!'" (97/9) |
"Como Tideu outrora devorando de Menalipo a fronte, à ira letal, este ia a carne e os ossos mastigando." (130/2) |
Canto XXXIII
"Por não tornar a cena ali mais triste, aquietei-me, e ficamos, pois, calados. Por que a meus pés, ó terra, não te abriste?" (64/6) |
Canto XXXIV
"A bela estrela que ao amor incita fazia rebrilhar ao longe o oriente, velando os Peixes, com que ela gravita." (19/21) |
"Meu guia me tomou do braço, ao lado; e ao gesto seu e frases que dizia, baixei o olhar, postando-me ajoelhado." (49/51) |
Canto II
"Gritou-me: 'De mãos postas, e ajoelhado! Chega o anjo de Deus! Nestes arcanos outras verás iguais maravilhado!'" (28/30) |
"À popa estava o celestial barqueiro, o bem mostrando no semblante inscrito; e, dentro, de almas o rebanho inteiro." (43/5) |
Canto III
"À esquerda um grupo vi logo em seguida, rumando a nós; porém tão lentamente que sua marcha mal era sentida." (58/60) |
Canto IV
"As paredes da trilha, o exíguo espaço iam-me quase os flamos lacerando; e das mãos que me ajudava a cada passo." (31/3) |
"Por detrás, muitas almas, recostadas à rocha vimos, bem à sombra fria, lassas, pela indolência dominadas." (103/5) |
Canto V
"'Enorme é a multidão que vem chegando para falar-te aqui', disse-me o poeta: 'Pressegue, no entanto. Escuta-os, andando.'" (43/4) |
"Então, o Arquiano, o corpo meu silente tomando à riba, ao Arno o arremessou. E a cruz desfez, que às mãos eu, penitente..." (124/6) |
Canto VII
"'O glória dos Latinos', disse, 'ó mente que deste à velha língua perfeição, lustre do berço meu, eternamente... " (16/8) |
"Lá dentro, em meio às flores, entoando juntas a Salve-Rainha, claramente, muitas almas eu vi, mais que me achegando." (82/4) |
Canto XIII
Canto IX
"Ardiamos os dois, a águia e eu; e tanto aquele incêndio me abrasava, que, a seu calor, meu sono se rompeu." (31/3) |
"Umportão divisei, alto e cerrado, e, em cores, três degraus que a ele subiam: mais o vulto de um anjo, quedo, ao lado." (76/8) |
Canto X
"Em meio à pompa, a pobre parecia dizer: 'Vinga, Senhor, a morte fera do filho meu, razão desta agonia." (82/4) |
Canto XII
"Como os dois bois sob o jugo, lado a lado, íamos, eu e a sombra à carga opressa, quando pelo meu mestre fui chamado." (1/3) |
"'Ó Aracne, que eu via,por sinal, em mutação, ao pé da tecelagem, que belamente urdiste, e foi teu mal!'' (43/5) Canto XIII |
"Estavam como os cegos, quando à frente vêm do tempo esmolar, na usada cena, e a fronte um sobre a do outro inclina, rente..." (61/3) |
"Vi alguém, entre os vultos, que mostrava o jeito de esperar, seguramente, e, como um cego, o rosto levantava." (100/2) |
Canto XV
"E quando o pobrezinho ao chão tombava, já prestes a render sua alma aflita, os olhos para o céu ainda elevava..." (109/11) |
Canto XVI
"Mas tu, quem és, que adentras nossas sendas, e falas, e te moves cabaleante, como se ao tempo foras das calendas?" (25/7) |
"O quanto possa, seguir-te-ei, decerto; e por ser-nos difícil a visão, terei o ouvido à tua voz desperto." (34/6) |
Canto XVIII
"Mas emergi da semi-letargia pelo rumor, atrás de nós, da gente que ligeira e gritando ali surgia" (88/90) |
"'Por que no piso os olhos tens cravados?' interrogou-me o guia, sempre atento, mal nos vimos um pouco distanciados." (52/4) |
"'Por que', bradou, 'te quedas ajoelhado?' 'A eminência de vossa posição não me deixa', tornei-lhe, 'estar alçado.'" (130/2) |
Canto XX
Canto XXIII
"'Mas dize-me ti, e porque vieste, e desses dois que ora ao teu lado vejo: Que o teu mutismo, pois, não me moleste!'" (52/4) |
"E atrás, as sombras, mortas duplamente, nos olhos cavos iam demonstrando seu pasmo ao divisar um ser vivente." (4/6) |
"O grupo se desfez, desenganado; acercamo-nos da árvore que assim se havia a tantos rogos recusado." (112/4) |
Canto XXV
"Estava a penha chamas projetando por todo o piso, mas o vendo a frente um pouco as rebatia, um vão deixando." (112/4) |
"Vi sombras lentas pela chama o andar: fitando-as, e meus passos observando, entre uns e as outras alternava o olhar." (124/6) |
Canto XXXVII
"Em sonho uma mulher me aparecia, indo no campo, flores a colher; e cantava, e seu canto assim dizia..." (97/9) |
Canto XXXVIII
"Já tanto ali me havia aprofundado pela antiga floresta imensa e fria, que perdera a noção de onde era entrado." (22/4) |
Canto XXXIX
"Vinham sob o docel, de par em par, vinte e quatro varões, solenemente, com lírios à cabeça... " (82/4) |
Canto XXX
Canto XXXI
"Ela me havia ao Letes arrastando, e à sirga me levava, ágil, disposta, fendendo as ondas, de um e de outro lado." (94/6) |
Canto XXXII
"A seu lado, em postura de a vigiar, estava um enormíssimo gigante, que se curvava para a acariciar." (151/3) |
Canto XXXIII
Confira agora as gravuras realizadas por Gustave Doré para o "Purgatório" da Divina Comédia, de Dante Alighieri.
(As imagens foram organizadas de acordo com os cantos)
(Abaixo de cada gravura - e a ela relacionada - há um fragmento d'A Divina Comédia)
Canto I"A bela estrela que ao amor incita fazia rebrilhar ao longe o oriente, velando os Peixes, com que ela gravita." (19/21) |
"Meu guia me tomou do braço, ao lado; e ao gesto seu e frases que dizia, baixei o olhar, postando-me ajoelhado." (49/51) |
Canto II
"Gritou-me: 'De mãos postas, e ajoelhado! Chega o anjo de Deus! Nestes arcanos outras verás iguais maravilhado!'" (28/30) |
"À popa estava o celestial barqueiro, o bem mostrando no semblante inscrito; e, dentro, de almas o rebanho inteiro." (43/5) |
Canto III
"À esquerda um grupo vi logo em seguida, rumando a nós; porém tão lentamente que sua marcha mal era sentida." (58/60) |
Canto IV
"As paredes da trilha, o exíguo espaço iam-me quase os flamos lacerando; e das mãos que me ajudava a cada passo." (31/3) |
"Por detrás, muitas almas, recostadas à rocha vimos, bem à sombra fria, lassas, pela indolência dominadas." (103/5) |
Canto V
"'Enorme é a multidão que vem chegando para falar-te aqui', disse-me o poeta: 'Pressegue, no entanto. Escuta-os, andando.'" (43/4) |
"Então, o Arquiano, o corpo meu silente tomando à riba, ao Arno o arremessou. E a cruz desfez, que às mãos eu, penitente..." (124/6) |
Canto VII
"'O glória dos Latinos', disse, 'ó mente que deste à velha língua perfeição, lustre do berço meu, eternamente... " (16/8) |
"Lá dentro, em meio às flores, entoando juntas a Salve-Rainha, claramente, muitas almas eu vi, mais que me achegando." (82/4) |
Canto XIII
Canto IX
"Ardiamos os dois, a águia e eu; e tanto aquele incêndio me abrasava, que, a seu calor, meu sono se rompeu." (31/3) |
"Umportão divisei, alto e cerrado, e, em cores, três degraus que a ele subiam: mais o vulto de um anjo, quedo, ao lado." (76/8) |
Canto X
"Em meio à pompa, a pobre parecia dizer: 'Vinga, Senhor, a morte fera do filho meu, razão desta agonia." (82/4) |
Canto XII
"Como os dois bois sob o jugo, lado a lado, íamos, eu e a sombra à carga opressa, quando pelo meu mestre fui chamado." (1/3) |
"'Ó Aracne, que eu via,por sinal, em mutação, ao pé da tecelagem, que belamente urdiste, e foi teu mal!'' (43/5) Canto XIII |
"Estavam como os cegos, quando à frente vêm do tempo esmolar, na usada cena, e a fronte um sobre a do outro inclina, rente..." (61/3) |
"Vi alguém, entre os vultos, que mostrava o jeito de esperar, seguramente, e, como um cego, o rosto levantava." (100/2) |
Canto XV
"E quando o pobrezinho ao chão tombava, já prestes a render sua alma aflita, os olhos para o céu ainda elevava..." (109/11) |
Canto XVI
"Mas tu, quem és, que adentras nossas sendas, e falas, e te moves cabaleante, como se ao tempo foras das calendas?" (25/7) |
"O quanto possa, seguir-te-ei, decerto; e por ser-nos difícil a visão, terei o ouvido à tua voz desperto." (34/6) |
Canto XVIII
"Mas emergi da semi-letargia pelo rumor, atrás de nós, da gente que ligeira e gritando ali surgia" (88/90) |
"'Por que no piso os olhos tens cravados?' interrogou-me o guia, sempre atento, mal nos vimos um pouco distanciados." (52/4) |
"'Por que', bradou, 'te quedas ajoelhado?' 'A eminência de vossa posição não me deixa', tornei-lhe, 'estar alçado.'" (130/2) |
Canto XX
Canto XXIII
"'Mas dize-me ti, e porque vieste, e desses dois que ora ao teu lado vejo: Que o teu mutismo, pois, não me moleste!'" (52/4) |
"E atrás, as sombras, mortas duplamente, nos olhos cavos iam demonstrando seu pasmo ao divisar um ser vivente." (4/6) |
"O grupo se desfez, desenganado; acercamo-nos da árvore que assim se havia a tantos rogos recusado." (112/4) |
Canto XXV
"Estava a penha chamas projetando por todo o piso, mas o vendo a frente um pouco as rebatia, um vão deixando." (112/4) |
"Vi sombras lentas pela chama o andar: fitando-as, e meus passos observando, entre uns e as outras alternava o olhar." (124/6) |
Canto XXXVII
"Em sonho uma mulher me aparecia, indo no campo, flores a colher; e cantava, e seu canto assim dizia..." (97/9) |
Canto XXXVIII
"Já tanto ali me havia aprofundado pela antiga floresta imensa e fria, que perdera a noção de onde era entrado." (22/4) |
Canto XXXIX
"Vinham sob o docel, de par em par, vinte e quatro varões, solenemente, com lírios à cabeça... " (82/4) |
Canto XXX
Canto XXXI
"Ela me havia ao Letes arrastando, e à sirga me levava, ágil, disposta, fendendo as ondas, de um e de outro lado." (94/6) |
Canto XXXII
"A seu lado, em postura de a vigiar, estava um enormíssimo gigante, que se curvava para a acariciar." (151/3) |
Canto XXXIII
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